MARCADORES DE COESÃO DE GRUPO NA GINÁSTICA ARTÍSTICA: EXISTEM DIFERENÇAS ENTRE RAPAZES E MOÇAS?
DOI:
https://doi.org/10.33053/biomotriz.v15i1.532Palavras-chave:
Coesão de grupo, Ginástica artística, Psicologia do esporte, GinastasResumo
O presente estudo teve o objetivo de investigar a influência do gênero nos níveis de coesão de grupo de atletas de esportes individuais. A amostra do estudo foi composta por conveniência, com a participação de 19 atletas de ginástica artística (esporte individual), com média de idade de 12,74 ± 1,33 anos, todos de uma mesma equipe, divididos em dois grupos: homens e mulheres. Os ginastas responderam ao Questionário de Ambiente de Grupo – QEG. Os resultados de comparação entre homens e mulheres demonstraram que os ginastas apresentaram maiores escores para duas dimensões do instrumento: integração no grupo-tarefa (GI-T) e atração individual para o grupo-social (AI-S), quando comparados às mulheres. Nas análises intragrupo, homens apresentaram elevados escores para três dimensões (GI-T, AI-T - atração individual no grupo-tarefa - e AI-S), ou seja, as dimensões relacionadas à tarefa tiveram maior influência na coesão. Em relação as mulheres, não foram verificadas diferenças significantes entre as dimensões, com todas dimensões influenciando os níveis de coesão. Pode-se concluir que os homens apresentaram maior coesão em duas dimensões do QEG (GI-T e AI-S), quando comparados às mulheres, mas que ambos os grupos apresentaram bons índices de coesão de grupo, pois os escores de todas dimensões foram superiores a cinco.
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