A IMPESSOALIDADE NA GESTÃO: UM PROBLEMA GERADO PELO CAPITALISMO?
DOI:
https://doi.org/10.33053/gedecon.v8i1.178Palavras-chave:
Impessoalidade; Capitalismo; Modernidade; Gestão; PragmatismoResumo
Propõe-se, neste artigo, um debate sobre a visão de autores que defendem que a impessoalidade na gestão é um problema gerado pelo capitalismo frente a análises históricas que demonstram que os gestores tinham características fortes de impessoalidade e traçava suas metas gerenciais visando estabelecê-las. A impessoalidade advém do capitalismo ou a mesma vem sendo cultivada ao longo da história, na qual o modelo econômico figura-se apenas como um objeto propulsor e não sua causa primária? Não seria a organização uma representação em menor escala da relação monopolística do uso da violência por parte de quem controla o poder legitimado dado ao Estado? Estado este que é analisado, estudado, conceituado desde quando o modo de produção Ocidental era Escravista Antigo. O pragmatismo excessivo na liderança de um grupo de pessoas é um “mal capitalista” ou uma habilidade inerente à raça humana? Os administradores veem na relação de monopólio da violência e da coerção adquiridos pelo Estado um modelo a ser seguido dentro de suas organizações. É mostrado, a seguir, como é formulada a individualidade e a indiferença para com o próximo, muito antes do surgimento do capitalismo. Quanto à metodologia, trata-se de um estudo exploratório, bibliográfico e descritivo.
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